Sai do trabalho devidamente escoltada por Fabiano e um guarda do banco
levaria meu carro para casa. Fomos direto para a escola de Gabi onde me deparei
com uma terrível visão.
Na frente do colégio, Samuel fazia brincadeiras com Gabriela sob o olhar
atento de dona Augusta que ainda não sabia que estava diante do canalha que era
o pai da minha filha.
Gabriela ria de suas brincadeiras e inocentemente ia se deixar pegar no
colo por aquele homem que lhe era tão familiar e ao mesmo tempo um
desconhecido, quando eu gritei seu nome e arranquei-a dos braços de Samuel.
Entreguei Gabriela para dona Augusta e pedi que levasse a menina para o
carro. Disfarçando a minha raiva, falei baixinho para Samuel:
- Eu já disse para ficar longe da minha filha!
Cínico, ele me ofereceu um belo sorriso e respondeu:
- Meu Deus Carolina! Um pai tem direito de brincar com sua filha!
Fabiano, que até então se mantivera calado, entrou na conversa em minha
defesa:
- Que pai ???? Um homem que abandonou a namorada grávida não é homem,
muito menos PAI. Ser PAI é muito mais do que doar espermatozóides... porque a
única coisa que você fez até agora, foi isso... doar espermatozóide!
Rindo sarcasticamente, Samuel retrucou:
- Eu não sabia que você tinha um defensor tão ardoroso Carolina!
E dando um empurrão em Fabiano continuou:
- Some daqui palhaço que o meu assunto não é com você!
Segurando Samuel pelo colarinho, Fabiano tornou a me defender:
- Agora ela tem! Fique longe dela!
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