Hoje
eu senti meu coração parar no peito como nos tempos de minha adolescência!
Deixei
Gabriela com meus pais e fui trabalhar. Na volta, minha mãe estava estressada,
pois Gabi havia quebrado um objeto.
Minha
garotinha pediu colo e disse que a vovó havia brigado. Me fechei no quarto com
minha mãe e a nossa conversa foi difícil:
-
Mãe, o que a Gabriela fez de tão errado para que a senhora fique furiosa deste
jeito ? Por causa de um enfeite de porcelana ??? Eu posso comprar outro
igualzinho!!!
- É
bom que você compre outro mesmo! Não sei como você pôde ter sido tão
irresponsável e ter se tornado mãe solteira! Agora tem que conviver com essa
menina que é uma peste!
Senti
uma punhalada no coração ao ouvir minha mãe se referir à Gabriela daquela
maneira...
-
Mãe, aconteceu, eu não era nenhuma garotinha, já era uma mulher independente,
com vinte e sete anos! Não te pedi para me ajudar a criar minha filha, ela só
está ficando aqui enquanto não começam as aulas na escolinha, e tem mais, ela
não está aqui de graça não! Estou pagando para que a senhora cuide dela, pois
nem mesmo isso pela sua neta a senhora pode fazer!
Minha
mãe me olhou com desprezo, o que me feriu profundamente...
-
Não me interessa se você me paga ou não! Comigo essa menina não fica mais!
Senti
meu coração ser arrancado do peito... entendi que minha filha jamais seria
tratada como os primos que tinham tudo com a avó.
Peguei
Gabriela e fui para casa e meu pai chegou logo atrás de mim. Abraçada a ele,
chorei como uma criança... será que minha mãe jamais perdoaria minha gravidez
??
Na
época, cheguei a mudar de cidade para não aguentar as humilhações dela.
Meu
pai conseguiu uma senhora que ficaria com minha filha enquanto eu estivesse no
serviço.
Gabriela
ficou magoada e não quis dormir sozinha... passei a noite toda alisando seus
cabelos pensando na difícil situação de ser mãe solteira... quanto preconceito
eu ainda haveria de encontrar...??
Que bela história! Quer dizer, trite para a Carolina. :/
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